A freguesia de Santa Lucrécia de Algeriz deve o topónimo “Algeriz” aos Árabes. Primitivamente designado por Algeraz, significava campainhas ou chocalhos. Segundo alguns autores, o rio de Algeriz seria pois, o “rio dos chocalhos”.
Distando 8KM da sua sede de concelho, Santa Lucrécia de Algeriz, é uma freguesia favorece ao estudo toponímico. O lugar de Castelhão remete-a, por exemplo, para tempos em que a civilização castreja fez notar a sua presença na Península Ibérica, ou seja a partir do séc. V A.C. até a primeira metade do séc. II A.C.
Esta civilização instala-se no alto das colinas e montes, de forma a rodear e demarcar os campos de exploração agrícola. Organizava-se em pequenas comunidades compostas por extensas famílias ligadas entre si por fortes laços de consanguinidade.
Com origem continental estas pequenas comunidades traziam consigo urna nova civilização: “A Civilização do Granito”. Era preponderante a utilização deste material na construção das suas casas e muralhas.
Adiante de cada casa, na sua maioria de forma circular e usando em média uma área de 5 metros de diâmetro, limitava-se, quase sempre, um espaço em átrio, onde eram realizados a maioria dos trabalhos domésticos.
Este esquema de organização da propriedade evoluiu. Na Idade Média, Santa Lucrécia de Algeriz apresenta-se dividida em casais. O lugar de “Casais” ainda hoje existe, e aí está para o provar.
Terra de Santa Devoção, para além da sua Igreja Paroquial, mostra ao visitante inúmeras capelas espalhadas pelos seus mais variados locais. Faça-se referência à Capela de Santa Catarina, à Capela da Quinta de S. Brás, à Capela da Quinta do Bárrio e à Capela da Quinta da Igreja, belo exemplar arquitetónico do limiar do barroco.